Flexibilidade: por que as empresas estão mudando seu pacote de benefícios

Estudos mostram que os colaboradores estão cada vez mais interessados em ter compensações adaptáveis às suas necessidades.

Se há algo que ficou muito claro nos últimos anos no ecossistema de recursos humanos é que nem tudo que funciona para um profissional necessariamente funciona para todos. Fomos testemunhas de que o trabalho remoto, por exemplo, deu certo para muitas pessoas, enquanto outras preferem deslocar-se para o escritório. Seja porque não dispõem de um ambiente adequado para realizar suas tarefas ou porque não querem abrir mão do relacionamento interpessoal com os colegas. Parece um tema simples, mas o que vimos ao longo do ano foram inúmeros casos de empresas exigindo o retorno ao trabalho presencial, o que resultou na insatisfação de muitos de seus colaboradores. E é aí que a flexibilidade desempenha um papel fundamental.

Hoje, quando falamos em flexibilidade no contexto de RH, a primeira coisa que vem à mente é o exemplo citado acima: a liberdade de trabalhar de onde quisermos e no horário mais conveniente. Porém, a flexibilidade é muito mais do que isso e inclui também o pacote de benefícios oferecido aos trabalhadores. Atualmente as empresas possuem equipes formadas por pessoas de diferentes gerações, e é um grave erro acreditar que todas desejam ou precisam dos mesmos benefícios.

Alguns deles somam muitos pontos e são realmente valorizados pelos trabalhadores. Como exemplo, podemos citar descontos em creches ou passes gratuitos em academias. Mas que vantagem esses benefícios trazem para uma pessoa sem filhos e que prefere se exercitar com aulas de ioga ao ar livre? Isto mostra que, embora um benefício seja muito valioso para muitos, para outros não significa nada.

A boa notícia é que aos poucos as empresas estão percebendo esse novo panorama. Segundo estudo realizado recentemente pela consultoria Robert Half, no ano passado, 40% das empresas fizeram alterações no pacote de benefícios oferecidos aos funcionários. Contudo, o caminho a percorrer ainda é longo, já que apenas 12% dos profissionais inquiridos responderam que podem escolher os incentivos que melhor se adequam à sua realidade, enquanto 81% indicaram que gostariam de ter a opção de escolha.

O estudo reforça que os trabalhadores valorizam aspectos que vão além do salário e que as empresas devem se apressar em oferecer pacotes mais completos, atrativos e, principalmente, flexíveis.

Mas afinal, de que se tratam os são benefícios flexíveis?

Em poucas palavras, benefícios flexíveis são um tipo de programa que permite aos funcionários escolher os benefícios oferecidos pela empresa da maneira que preferirem. É poder acessá-los de forma customizável, levando em consideração as reais necessidades de cada profissional.

Neste contexto, os benefícios corporativos que melhoram a qualidade de vida dos colaboradores, proporcionando-lhes acesso a serviços e recursos que de outra forma seriam caros ou difíceis de obter, são geralmente os mais valorizados. Esse tipo de benefício, porém, não se concentra apenas em planos de saúde ou na flexibilidade de trabalho, mas abrange também o seu desenvolvimento profissional e a qualidade de vida em geral.

Para começar a montar um pacote flexível há um ponto de partida que parece óbvio, mas que muitas empresas ignoram: perguntar às equipes o que elas realmente querem.

Hoje em dia as empresas têm profissionais em diferentes fases da vida e não podemos pensar que sabemos o que as pessoas querem ou que todos querem o mesmo. Por isso, é fundamental utilizar ferramentas de comunicação interna, como pesquisas de clima organizacional, reuniões ou canais de comunicação para sondar os colaboradores. Uma simples pesquisa online com diversas opções disponíveis para entender o que eles mais valorizam pode ser suficiente.

Para montar uma lista completa, robusta e com opções atrativas, é importante primeiro analisar quem são os colaboradores e como você acha que é o estilo de vida de cada pessoa. Por exemplo, hoje muitas pessoas moram sozinhas e não têm tempo ou não gostam de cozinhar e provavelmente valorizariam muito receber créditos em um aplicativo de delivery. Os funcionários com filhos pequenos provavelmente adorariam a ideia de receber vouchers mensais para atividades recreativas. A Geração Z provavelmente gostaria de descontos em shows, enquanto os millennials podem preferir o mesmo desconto em restaurantes ou viagens.

A adaptabilidade do pacote de benefícios não só reflete as necessidades em mudança de uma força de trabalho diversificada, mas também demonstra a atenção das empresas ao bem-estar individual dos seus colaboradores. À medida que as empresas reconhecem a importância da flexibilidade não só no trabalho, mas também nos benefícios, assistimos a uma mudança significativa na forma como as organizações respondem às expectativas das suas equipas.

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