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O upskilling é a resposta quando as contratações estão congeladas

Escrito por Autor 2 | 14/11/2025 22:53:59

Diante da baixa rotatividade e das contratações em pausa, muitas empresas estão olhando para dentro e encontrando nas habilidades o novo motor de crescimento.

Nos últimos meses, o mercado de trabalho vem passando por uma desaceleração no mundo todo, e ela já impacta diretamente as estratégias de recursos humanos. Com menos movimentações e contratações congeladas em muitos setores, muitas empresas estão repensando como suprir suas demandas de talento sem recorrer a novas contratações. A resposta? Investir no que já está dentro de casa. E você sabe bem o que isso significa: apostar em upskilling e mobilidade interna como eixos centrais de desenvolvimento e produtividade.

De acordo com um levantamento recente da Careerminds, dois terços das empresas entrevistadas afirmaram ter implementado algum tipo de congelamento de contratações. E, entre essas, mais de 40% estão focando esforços em treinamento e aprimoramento de habilidades de seus colaboradores atuais. Essa tendência reflete um movimento global de transformar a gestão de talentos em uma estratégia baseada em competências e potencial, e não apenas em cargos e hierarquias.

Um novo cenário com mais desenvolvimento interno

Com a queda nas taxas de rotatividade e o aumento da incerteza econômica, as empresas estão sendo obrigadas a fazer mais com menos. O mesmo relatório indica que cerca de 22% delas interromperam completamente as contratações, enquanto outras 44% optaram por pausas seletivas, especialmente em posições de entrada ou de média gestão. Esse cenário força as lideranças a repensar como manter as operações e o crescimento com os talentos que já têm.

Em vez de buscar fora, muitos RHs estão identificando lacunas de habilidades e direcionando investimentos para programas de upskilling e reskilling. Essa mudança não é apenas uma questão de custo — embora reduzir gastos com recrutamento e onboarding seja uma vantagem relevante —, mas também uma oportunidade de fortalecer o engajamento e a lealdade dos colaboradores.

E essa nova mentalidade vem acompanhada da percepção clara de que os talentos certos já estão dentro da empresa, e o desafio é desenvolver suas capacidades para que ocupem funções de maior valor estratégico.

Mobilidade interna como estratégia de retenção nas empresas

Em contextos de incerteza, a mobilidade interna se torna uma ferramenta essencial. Ela permite redistribuir talentos de forma mais ágil, conectar competências a novas demandas e, ao mesmo tempo, reduzir os riscos de perda de conhecimento institucional.

Segundo o mesmo estudo da Careerminds, 43% das empresas estão investindo ativamente em programas de upskilling voltados para áreas críticas como tecnologia, gestão de riscos, cibersegurança e liderança. Ou seja, o desenvolvimento de habilidades específicas não está apenas suprindo lacunas técnicas, mas também preparando colaboradores para transitar entre funções e assumir novos desafios.

Essa abordagem traz ganhos duplos, já que a empresa preserva o capital humano e o colaborador enxerga possibilidades reais de crescimento sem precisar buscar oportunidades externas. O resultado é um aumento na satisfação e retenção, dois fatores fundamentais em tempos de instabilidade.

Além disso, o foco em mobilidade interna exige uma revisão dos modelos de carreira. Empresas que antes operavam de forma rígida, baseadas em descrições fixas de cargos, estão migrando para estruturas mais fluidas, nas quais as trajetórias profissionais são desenhadas em torno de habilidades e não só de funções.

Upskilling como cultura, não como projeto

O sucesso dessa transformação depende de um ponto fundamental: tratar o upskilling como parte da cultura organizacional, e não como uma iniciativa pontual. Treinamentos desconectados da estratégia de negócio têm efeito limitado, mas quando o desenvolvimento é contínuo e alinhado às metas da empresa, ele se torna uma vantagem real.

Adotar uma mentalidade de aprendizado constante é uma forma de construir equipes mais adaptáveis, preparadas para lidar com mudanças tecnológicas e estruturais. Além disso, estimulam um ambiente de protagonismo e curiosidade, onde aprender faz parte do trabalho e não é visto como uma atividade extra.

Nesse sentido, o papel dos líderes é decisivo. Muitos RHs estão direcionando investimentos para formação em gestão de mudança, capacitando líderes e gestores a promover e sustentar essa cultura de aprendizado. A ideia é criar um ecossistema em que o desenvolvimento não dependa apenas de iniciativas corporativas, mas também de um desejo genuíno de evolução por parte de cada colaborador.

O futuro das empresas depende das habilidades das equipes

Em um cenário onde os orçamentos estão cada vez mais apertados e as contratações limitadas, o verdadeiro diferencial competitivo das empresas será conseguir evoluir com o talento que elas já tem.

É por isso que na Nulinga sempre acreditamos que o desenvolvimento contínuo é o motor da transformação organizacional. Nossa plataforma de idiomas para empresas combina tecnologia e acompanhamento humano para que cada colaborador evolua em suas habilidades de comunicação e se torne mais preparado para os desafios do mercado global.

Se quiser saber como podemos ajudar a sua empresa a fortalecer os talentos que já formam parte da equipe, deixe seus dados aqui.