Português - Brasil
A autonomia nas capacitações é uma das chaves para melhorar o engajamento dos colaboradores

Quando colaboradores têm liberdade para aprender, todos ganham: mais engajamento, produtividade e retenção.

Nos últimos anos, o engajamento e a conexão dos colaboradores com as suas empresas têm enfrentado desafios complexos. As pressões do mercado e as mudanças no ambiente de trabalho levaram as organizações a buscar novas formas de fortalecer o relacionamento com suas equipes e manter a produtividade em alta.

Uma pesquisa recente do Glassdoor revelou que o engajamento dos colaboradores atingiu seu nível mais baixo em mais de uma década, impactando diretamente a produtividade e a lucratividade das empresas. Além disso, o sentimento de satisfação entre os colaboradores registrou uma queda significativa em 2024 e, apesar de alguma recuperação, os índices permanecem historicamente baixos.

Diante desses desafios, uma estratégia eficiente para reverter essa tendência é conceder mais autonomia aos colaboradores.

A desconexão entre empregadores e colaboradores

Segundo a pesquisa, uma das razões para essa queda no engajamento é a desconexão entre a experiência dos colaboradores e a percepção dos líderes. Por exemplo, 28% dos gerentes intermediários identificam a baixa moral da equipe como o principal obstáculo à produtividade, enquanto apenas 17% dos executivos enxergam esse problema.

Isso indica que muitos colaboradores não se sentem ouvidos. Para corrigir essa desconexão, os líderes precisam começar a escutá-los e oferecer escolhas personalizadas e flexíveis, especialmente na área de capacitação corporativa, um aspecto valorizado tanto por empregadores quanto por colaboradores. Proporcionar autonomia em relação ao que, quando e como aprender pode aumentar o engajamento, além de melhorar a percepção dos colaboradores sobre a empresa.

3 maneiras de promover a autonomia em programas de capacitação

1. Entenda o que eles querem aprender

Oferecer aos colaboradores a liberdade de escolher o que aprender aumenta o engajamento, como explica a Teoria da Autodeterminação (Self-Determination Theory). Segundo a teoria, desenvolvida pelos psicólogos Edward Deci e Richard Ryan, a autonomia é um fator fundamental para a motivação: quando as pessoas sentem que têm controle ou escolha sobre suas ações, elas tendem a se sentir mais motivadas e engajadas.

2. Respeite quando eles querem aprender

Permitir que os colaboradores aprendam no momento mais conveniente para eles, e dar o tempo necessário para isso, aumenta a motivação e ajuda a aproveitar melhor as oportunidades de aprendizado. Estudos mostram que a autonomia no horário de trabalho pode melhorar a satisfação e aumentar a autoconfiança.

Há uma desconexão significativa entre o que colaboradores e empregadores percebem como obstáculos para o treinamento. Estima-se que quase 60% dos gerentes intermediários veem a falta de tempo como o maior impedimento para a capacitação, enquanto apenas 40% dos executivos concordam. Além disso, apenas 18% dos executivos de RH acreditam que a disponibilidade de tempo seria o fator principal para aumentar a participação.

Duas ações podem ajudar a mitigar isso: 1) tornar o aprendizado flexível e 2) incentivar a responsabilidade. Algumas empresas, por exemplo, enviam lembretes para colaboradores que não tiraram férias. Os gestores podem aplicar essa abordagem ao tempo dedicado ao aprendizado.

3. Ofereça diferentes formas de aprender

Permitir que os colaboradores escolham o método de aprendizado mais adequado para eles os empodera e valoriza a diversidade de estilos. Um modelo comum é o VARK (sigla em inglês para Visual, Aural, Read/Write, Kinesthetic), que classifica os estilos em quatro tipos:

  • Visual: Prefere gráficos e diagramas.
  • Auditivo: Prefere ouvir, como em palestras e podcasts.
  • Leitura/Escrita: Prefere leitura e anotação.
  • Cinestésico: Prefere atividades práticas.

Oferecer opções variadas de aprendizado torna a capacitação mais acessível e inclusiva. Por exemplo, colaboradores com deficiência visual podem precisar de material em áudio, enquanto introvertidos podem preferir atividades individuais. Adotar uma abordagem multimodal ajuda a garantir que cada colaborador tenha acesso ao melhor método para si. Estima-se que cerca de 30% dos líderes de RH consideram que proporcionar mais opções ajudaria a criar um programa de capacitação mais inclusivo.

Ao escutar e oferecer escolhas personalizadas sobre como os colaboradores aprendem, as empresas melhoram a percepção interna. E quando os colaboradores se sentem valorizados, eles se dedicam mais e tendem a permanecer na empresa por mais tempo. Essa abordagem de empoderamento, além de promover uma experiência de aprendizado personalizada, permite que cada colaborador perceba a empresa como uma parceira no seu desenvolvimento profissional, alinhando-se a seus interesses e metas pessoais.

Quer saber mais sobre Nulinga?

Entre em contato conosco para conhecer os planos disponíveis e comece a capacitar seus colaboradores com aulas de idiomas.