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O conhecimento em idiomas é uma das principais mentiras nos currículos

Compartilhar informações que não são totalmente verdadeiras no currículo é uma prática muito comum, e essas são as mentiras mais frequentes.

Mentir no currículo, ou “maquiá-lo” para que pareça melhor do que realmente é, é uma prática conhecida como currículum vitae padding e se tornou bastante comum nas buscas de emprego em todos os setores. Um estudo publicado recentemente pela First Advance LATAM mostra que no último ano 57% das empresas identificaram inconsistências nas informações compartilhadas pelos candidatos a uma vaga. Os setores manufatureiro e de recursos humanos são os que mais observam essas discrepâncias, seguidos pela indústria de tecnologia. Porém, a verdade é que nenhum segmento está livre de receber currículos com informações falsas.

As mentiras costumam aparecer em diferentes seções do currículo, seja quando o candidato compartilha suas experiências profissionais anteriores, seu nível de estudo, habilidades ou conhecimentos específicos, como informática ou idiomas. Em muitos casos, os candidatos simplesmente esperam contar com a sorte de que os recrutadores não procurem verificar a veracidade das informações. Noutros, as mentiras ultrapassam os limites do currículo e podem transformar-se em falsas referências ou mesmo em falsos títulos universitários.

As mentiras mais frequentes nos currículos

1. Exagerar nas experiências de trabalho anteriores

Refletir exageradamente a experiência profissional no currículo para que ele se ajuste melhor às demandas da oferta de emprego costuma ser a mentira mais frequente nos currículos. Essa categoria de informação que não é 100% real inclui também inflar as responsabilidades que foram desempenhadas e dar mais importância às funções desempenhadas do que elas realmente tinham. Esses tipos de mentiras geralmente são facilmente detectados durante uma entrevista de emprego.

2. Aumentar o nível de estudos

Outra mentira comum nos currículos é dizer que um curso foi concluído quando, na verdade, foi abandonado, ou afirmar que um seminário de 3 horas era um curso de 4 meses. Esse tipo de mentiras é fácil de verificar com um pouco de pesquisa por parte do recrutador, ou mesmo pedindo ao candidato que apresente o diploma ou certificado do curso.

3. Idiomas que não são dominados

Esta é outra mentira clássica do currículo e talvez a mais comum, já que é algo que pode ser visto como subjetivo por muitas pessoas. Quer dizer, um candidato pode indicar que seu nível de inglês é intermediário, quando, na verdade, não passa do básico, porque ele mesmo acredita, ou afirma acreditar, que seu nível é melhor do que realmente é. Esse tipo de mentira, porém, só pode ser comprovada com uma entrevista em inglês conduzida por uma pessoa fluente no idioma.

4. Empresas onde nunca se trabalhou

Esta é uma das piores e mais graves mentiras que um candidato pode colocar no currículo. Além de ser muito fácil de verificar, inventar cargos, ou mesmo empresas fictícias, para ter mais experiências pode prejudicar o candidato, seja ele descoberto e eliminado do processo, e inclusive caso seja escolhido para o cargo.

5. Conhecimentos de informática inexistentes

Outra grande mentira é afirmar possuir conhecimentos sobre softwares informáticos específicos quando isso não corresponde à realidade. Embora seja uma mentira que só pode ser comprovada mediante a realização de uma prova técnico, em algum momento a mentira acabará sendo descoberta e as consequências não serão nada boas.

6. Informações falsas sobre salários anteriores

Esta é uma prática muito comum para conseguir um salário melhor em uma mudança de emprego e, a menos que o recrutador tenha uma fonte direta no departamento de recursos humanos da empresa onde o candidato trabalhava, é muito difícil de verificar. Por esta razão, e porque não influencia as competências técnicas do candidato, costuma ser uma mentira “perdoável”. Além disso, normalmente não são informações compartilhadas no currículo, mas sim na entrevista ou em conversas anteriores. Mas ainda assim é uma mentira.

Por que muitos profissionais mentem no currículo

Todos concordamos que mentir no currículo não é uma das melhores práticas que um candidato pode usar quando procura emprego. Porém, é importante avaliar o que faz essas pessoas sentirem necessidade de inventar informações em seu currículo para conseguir o emprego dos sonhos. Muitas vezes esses comportamentos são gerados por exigências que as empresas estabelecem, que não estão alinhadas com a realidade do mercado.

Portanto, é fundamental analisar os requisitos solicitados e avaliar se são verdadeiramente excludentes ou não. Em muitos casos, a falta de conhecimentos técnicos ou de idiomas pode ser resolvida a médio e longo prazo por meio de capacitações. Dessa forma, a empresa não perderá talentos que possuam outras competências importantes para o cargo, principalmente as “soft skills”, que costumam ser muito mais difíceis de adquirir.

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