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Quiet hiring: um dos principais aliados contra a escassez de habilidades

Como essa tendência pode ajudar a combater a escassez de habilidades ao melhorar as competências dos talentos que já estão na empresa.

Da mesma família do “quiet quitting” e do “quiet firing”, que você talvez já tenha ouvido falar no último ano, uma das novas tendências no ecossistema de recursos humanos é o “quiet hiring”. A “contratação silenciosa”, em tradução ao português, trata-se de um método de recrutamento surgido no período pós-pandemia como uma forma de auxiliar as empresas a encontrarem e manter talentos que já formam parte da companhia ou da indústria onde ela está inserida. Essa estratégia é considerada um dos principais aliados contra a escassez de mão de obra qualificada, um problema que deve se intensificar nos próximos anos no mundo todo em diversos setores.

Ao utilizar essa forma de contratação, as empresas aproveitam, de forma mais discreta, os benefícios de mover talentos já existentes a novos cargos, simplesmente aperfeiçoando suas habilidades por meio de treinamentos e capacitações. Por outro lado, o quiet hiring também ajuda a melhorar o employee experience da empresa, já que oferece aos colaboradores novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento em suas funções. Ao se concentrarem no aperfeiçoamento das suas competências, as pessoas que já fazem parte do time da empresa podem delinear caminhos claros de desenvolvimento de carreira, o que pode aumentar o envolvimento, a motivação e inclusive a produtividade. Ou seja, é um “win-win” para empregadores e funcionários.

Benefícios do quiet hiring para as empresas

A “contratação silenciosa” já está trazendo uma série de benefícios para as estratégias de recrutamento das empresas, e esses são apenas alguns deles:

Mitigação de riscos associados aos processos de contratação tradicionais

Evitar uma competição acirrada ajuda as empresas a reduzir a probabilidade de perder talentos valiosos para outras companhias. Isso é particularmente relevante em setores onde a retenção de talentos é crucial para o sucesso. Nesse sentido, o quiet hiring minimiza a competição entre as pessoas, permitindo que as empresas avaliem os candidatos com mais calma e eficácia, levando a decisões mais exatas e bem informadas.

Preenchimento de lacunas de competências de forma rentável

Ao investir na melhoria das competências dos funcionários existentes, as empresas podem moldar melhor as habilidades da sua força de trabalho em torno das funções de que necessitam. Além disso, a empresa já conhece a pessoa, sabe do que ela é capaz e até onde ela pode chegar.

Mais foco no desenvolvimento de talentos

Investir na melhoria das competências dos funcionários existentes não só ajuda a aumentar as suas habilidades, como também os faz sentir mais valorizados. Ver oportunidades claras de desenvolvimento de carreira ajuda a manter os funcionários engajados e motivados e, por sua vez, aumenta sua lealdade. Com o quiet hiring, as empresas podem se concentrar nas habilidades e na cultura organizacional dos candidatos, em vez de apenas na visibilidade pública. Isso resulta em contratações mais alinhadas com as necessidades reais da empresa, contribuindo para um ambiente de trabalho mais saudável.

Maior confidencialidade na contratação

Em certas situações, como contratações de executivos de alto nível ou em momentos delicados para a empresa, a confidencialidade é essencial. Nesse sentido, o quiet hiring oferece um ambiente seguro, onde as operações atuais não são prejudicadas por especulações públicas, já que todo o processo permanece interno.

Como implementar o quiet hiring em uma empresa

A implementação do quiet hiring envolve a prática de realizar contratações de forma mais discreta, muitas vezes sem anúncios públicos de vagas. Essa abordagem é comum para posições de alto nível, em situações em que a empresa prefere evitar divulgação pública de uma vaga e principalmente ante a dificuldade de encontrar novos talentos externos. Por isso, para implementar essa estratégia de maneira eficaz, geralmente é preciso seguir algumas etapas:

Pesquisa ativa: Primeiro, o ideal é que a empresa conduza uma pesquisa proativa e direcionada para identificar profissionais talentosos entre as equipes internas.

Abordagem personalizada: Ao entrar em contato com candidatos, a comunicação deve ser personalizada, destacando os motivos pelos quais a empresa está interessada no profissional.

Capacitação: É comum que o candidato ideal para determinado cargo ainda não tenha algumas habilidades técnicas necessárias, por isso, a capacitação, nesse caso também chamada de upskilling e reskilling, é fundamental.


Em resposta à crescente escassez de habilidades, o quiet hiring emerge como uma solução estratégica para as empresas. Além de mitigar os riscos associados aos processos tradicionais de contratação, essa abordagem oferece benefícios significativos, como preenchimento rentável de lacunas de competências, foco no desenvolvimento de talentos e confidencialidade nas contratações. Ao investir na capacitação de talentos internos, as empresas fortalecem suas equipes, promovem um ambiente de trabalho saudável e enfrentam os desafios da escassez de mão de obra qualificada de maneira discreta e eficaz.

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