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Capacitações: como evitar o desinteresse das equipes em participar

A falta de tempo e energia são alguns dos fatores que muitas vezes desencorajam os funcionários de participar de treinamentos.

Durante muito tempo, as estratégias de envolvimento nos programas de treinamento nas empresas eram baseadas em comando e controle. A participação era obrigatória, os ausentes eram penalizados e ameaçava-se informar aos superiores. No movimento em direção a um sistema de trabalho híbrido, embora algumas pessoas tenham mais tempo para participar de treinamentos, muitas vezes a complexidade aumenta. Hoje sabemos que tais medidas não são eficazes, mas sabemos o que fazer para motivar verdadeiramente os funcionários a participarem genuinamente de treinamentos?

Primeiramente, é necessário entender qual é o impulsionador para o envolvimento real dos funcionários nas ações de aprendizado propostas. Em seguida, precisamos implementar mudanças significativas, porque, no fundo, ainda estamos presos à lógica escolar e não tratamos os adultos como adultos.

Um dos principais problemas é o grande cansaço causado pela rotina de reuniões online, e é aí que reside a complexidade gerada pelo trabalho híbrido. Começamos a sentir isso durante a pandemia, a famosa "fadiga do Zoom". Por muito tempo, pensamos que o que nos cansava era passar muito tempo diante da tela. Mas será verdade? Afinal, a maioria de nós troca a tela do computador por outras telas, como a da televisão, do celular, para verificar nossas redes sociais ou jogar, ou até mesmo por um leitor digital para ler um livro.

Mas a verdade é uma só: estamos esgotados. E é crucial compreender esse cenário como parte integrante da cultura de aprendizado atual. Sem esse cuidado, o treinamento corre o risco de se tornar uma atividade desnecessária. Se formos eficazes na comunicação, podemos até atingir o número desejado de participantes, porém, é pouco provável que haja uma aprendizagem real. No entanto, há muito que podemos fazer para melhorar esse panorama.

Motivando as equipes a participarem dos treinamentos

Sempre partimos do pressuposto de que o treinamento desenvolverá nas pessoas as habilidades necessárias, mas a experiência mostra que isso não é totalmente verdadeiro. Então, antes de continuar implementando programas de treinamento em sua empresa, é importante fazer estas três perguntas:

1. A formação é realmente necessária para o funcionário neste momento?

2. Os funcionários poderão aplicar a habilidade apresentada após um determinado período de treinamento?

3. Está claro para os participantes e seus líderes quais benefícios pessoais e profissionais valem a pena fornecer?

Sempre enfatizamos a importância da autodireção e do aprendizado informal, mas as ações de treinamento formal são essenciais para criar uma cultura de aprendizado madura.

Para que a formação de nossas equipes apoie a busca pelo desenvolvimento contínuo, devemos considerar que o aprendizado se baseia em três elementos inseparáveis. Sem algum deles, o tripé desmorona, desperdiçando esforços e recursos:

1. Tempo

O papel do RH consiste cada vez mais em proteger o tempo das pessoas. É importante garantir que estejam efetivamente presentes para o aprendizado. E, como sabemos, muitas vezes aprender não significa absorver novas informações, mas colocar em prática conhecimentos com os quais as pessoas já entraram em contato..

2. Energia

Como já mencionamos, as pessoas estão exaustas. E isso impacta diretamente e profundamente sua capacidade de aprender. Devemos promover um ambiente de trabalho que incentive pausas e descansos adequados. Não custa reforçar: não fazer nada às vezes também é bom.

3. Vontade

Não faz sentido ter muito tempo e energia se a vontade de aprender for inexistente. E aqui vale a pena chamar a atenção para uma enorme necessidade: o desenvolvimento da autonomia do estudante. Precisamos apoiar a criação de adultos que tenham uma relação afetiva e prazerosa com a aprendizagem.

 

Pode parecer contraditório, mas defender a aprendizagem autônoma, afastada da lógica de comando e controle na qual o RH se apoiou até agora, não significa retirar da empresa a responsabilidade pela aprendizagem. A cultura organizacional desempenha um papel fundamental ao oferecer as condições necessárias para que as pessoas exerçam sua liberdade e aprendam. É uma questão de tempo. Mas, como mencionamos, também é uma questão de energia e vontade.

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